O colégio de presidentes
das seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou nota nesta
sexta-feira (6) dizendo que é "inconcebível"
que haja sigilo no Supremo Tribunal Federal (STF) dos nomes dos políticos envolvidos
no esquema investigado pela Operação Lava Jato.
A expectativa é que o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Lava Jato no Supremo, quebre o sigilo. Se houver a quebra, deverão ser conhecidos os nomes das 54 pessoas que tiveram pedido de abertura de inquérito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Leia abaixo a íntegra da
nota divulgada pela OAB:
"Nota do Colégio de
Presidentes
A Ordem dos Advogados do
Brasil, por seu Colégio de Presidentes, hoje reunido na cidade de
Florianópolis, acompanhando os fatos recentemente noticiados, defende a ampla
publicidade dos pedidos de abertura do inquérito e de arquivamento, bem como
dos fatos e razões que os motivaram.
A sociedade brasileira
espera que o inquérito se processe em um ambiente de transparência, como se
requer em uma República Democrática.
É inconcebível o sigilo
que discrimine e privilegie. Os brasileiros em geral, quando investigados, não
se beneficiam do privilégio do sigilo. Os governantes que sempre devem agir à
luz do dia, com mais razão, não podem ser protegidos por investigações
secretas.
A OAB reitera a defesa dos
princípios constitucionais da presunção da inocência e do devido processo
legal. Nada melhor do que a luz do sol numa República Democrática."
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