O senador Cássio Cunha
Lima alertou a sociedade, nesta terça-feira (31), a respeito de uma clara
manipulação de informações a respeito da execução do programa Mais Médicos.
Para ele, está evidente o interesse federal de continuar financiando a ditadura
castrista em Cuba.
O senador destacou vários pontos que ferem
frontalmente os princípios democráticos, que devem prevalecer no Brasil, tais
como o fato de o governo federal repassar para o governo cubano, e não para os
próprios médicos, os salários dos trabalhadores. "Para se ter uma ideia, o
Brasil paga R$ 10.400 por cada médico à ditadura cubana. Cuba repassa apenas R$
3.120 para cada médico em serviço no Brasil. O Brasil já havia transferido para
a Ilha, até agosto de 2014, um montante superior a 1,6 bilhão de reais, o que
equivale a um terço do valor total investido pelo governo brasileiro na
construção, reforma e ampliação de hospitais, postos de saúde e UPA's no ano anterior"
- detalha.
CONTROLADOS E ESPIONADOS -
Cássio sugere que os salários sejam pagos diretamente aos profissionais ou,
então, que sejam destinados para que estados e municípios contratem
profissionais para suprir o déficit existente.
Outro ponto de grande preocupação do líder do PSDB no Senado diz respeito às condições de trabalho a que estão submetidos os médicos cubanos, principalmente no que tange à liberdade individual, pois é sabido que existem coordenadores nos estados, com altos salários, que têm como função controlar e espionar esses profissionais para evitar que eles fujam, engravidem ou violem outro item da cartilha de conduta recebida antes da partida da Ilha.
FINANCIAMENTO À DITADURA - Cássio repetiu o que já disse em outras oportunidades: "Nada tenho contra o povo cubano, mas mantenho meu posicionamento de ter tudo contra a ditadura instalada naquela ilha e, principalmente, o financiamento que o governo federal patrocina àquele regime, a partir dos impostos pagos pela sociedade brasileira. Além do mais, o Brasil é uma democracia consolidada e não pode se submeter às exigências de nenhuma ditadura, principalmente dentro do território nacional".
Cássio reiterou que entrou
com uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra ato de
improbidade administrativa praticados pelos ex-assessores do Ministério da
Saúde Rafael Bonassa, Alberto Kleiman, Maria Alice Barbosa Fortunato e o
ex-chefe da Assessoria Jurídica da pasta, Jean Kenji Uema.
INTENÇÕES MASCARADAS - Matéria jornalística divulgada pela imprensa destacou que “o objetivo do programa era atender às necessidades financeiras do governo de Cuba. Para tanto, os assessores ministeriais mascararam as reais intenções do acordo, que na prática é bilateral. A gravação demonstrou, sem sombra de dúvidas, que os ex-assessores se reuniram com o intuito de mascarar um acordo bilateral entre Brasil e Cuba, em ofensa clara aos princípios da legalidade, honestidade e imparcialidade por parte desses agentes públicos”.
Cássio pede que o
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, investigue a atuação de todos
eles no acordo que foi firmado entre o Ministério da Saúde e a Organização
Pan-americana de Saúde (Opas), que permitiu que recursos do programa Mais
Médicos favorecessem a ditadura cubana. “Nada contra o povo cubano, mas tudo
contra a ditadura de lá”, resumiu o líder do PSDB.
(assessoria)
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