O Ministério Público
Federal obteve a condenação do ex-tesoureiro da Secretaria de Saúde de Teixeira
(PB), Romualdo Simões Bezerra, há 10 anos de prisão e 290 dias-multa em razão
da prática de crime de peculato. Inclusive, ele foi preso, ontem, 5 de fevereiro
de 2015, na sede da Polícia Federal na cidade de Patos (PB), após quase nove
anos de iniciado o processo e de mais de quatro anos de sentenciado pela 4ª
Vara da Justiça Federal na Paraíba.
A denúncia contra Romualdo Bezerra e outras quatro pessoas, que deu origem à Ação Penal Pública nº 0002033-12.2006.4.05.8201, foi proposta pelo Ministério Público Federal em Campina Grande, em 1º de junho de 2006. Após ser condenado em 10 de dezembro de 2010, Romualdo Simões entrou com recurso no Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5), tendo a condenação confirmada por unanimidade em 22 de outubro de 2013. O processo transitou em julgado, ficando em aberto o mandado de prisão a cumprir contra ele. Os demais réus também foram condenados pela 4ª Vara da Justiça Federal, mas tiveram as penas de prisão substituídas por outras restritivas de direitos.
Ocorre que nesta semana,
Romualdo Simões se dirigiu até o prédio da Justiça Federal em Patos para obter
informações sobre o processo. Todavia, como os autos não se encontravam no
referido local, mas sim, na sede do MPF, ele acabou indo embora. Após informado
do ocorrido, o MPF em Patos solicitou que a Polícia Federal localizasse o
acusado, porém, ele conseguiu fugir. Um dia depois, Romualdo Bezerra se
entregou e foi preso pelo delegado Glauter Morais.
Denúncia do MPF – Na
denúncia, o MPF explicou que no período de julho a dezembro de 2004, no
município de Teixeira (PB), foram emitidas ordens de pagamentos fictícias,
mediante notas de empenho, cheques e recibos com assinaturas falsas de supostos
credores-fornecedores, prestadores de serviços, com o objetivo de desviar
verbas públicas relativas aos programas de saúde pública do referido município.
O valor do desvio seria de R$ 39.431,00 .
Para que o esquema de
desvio de recursos públicos funcionasse, Romualdo Bezerra se valia do cargo
comissionado que ocupava no município para, através de recursos fraudulentos,
se beneficiar. Ele possuía cartão de ordenador de despesas do município de
Teixeira (PB) perante o Banco do Brasil da cidade. Assim, valendo-se de
falsificação de assinaturas, desviou verba pública da Secretaria de Saúde em
proveito próprio e de terceiros (também condenados na ação), inclusive, umas
delas era a companheira dele.
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