BANCADA DA PARAÍBA |
A posse dos candidatos
eleitos para ocupar as 513 cadeiras da Câmara dos Deputados ocorre no próximo
domingo, dia 1º de fevereiro. Às 10 horas, em sessão preparatória no Plenário
Ulysses Guimarães, o deputado Miro Teixeira (Pros-RJ), o mais idoso entre os
com maior número de mandatos, proclamará o nome dos eleitos e tomará deles o
compromisso de “defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o
bem geral do povo brasileiro e sustentar a união, a integridade e a
independência do Brasil”.
Entre os que tomarão
posse, 289 são deputados reeleitos, 26 já tiveram mandato em algum momento e
198 são novos deputados – que chegam à Câmara Federal pela primeira vez. A
grande maioria dos eleitos é homem (462), possui ensino superior completo (410)
e tem entre 51 e 60 anos (187). Há predomínio de brancos (80,1%), com 15,8% de
pardos e apenas 4,1% de negros. As mulheres representam 10% da Casa – 51
deputadas.
Após a cerimônia de posse,
os deputados terão até as 13h30 para registrarem a formação de blocos
parlamentares na Secretaria-Geral da Mesa Diretora (SGM). Às 14h30, ocorre a
primeira reunião de líderes para definir quais partidos ou blocos ocuparão
quais cargos na Mesa Diretora, que é composta pela Presidência da Câmara dos
Deputados, duas vice-presidências, quatro secretarias e igual número de
suplências. Todos têm mandato de dois anos.
Candidatos à Presidência
Até o momento, quatro
parlamentares anunciaram oficialmente suas candidaturas à Presidência da Casa:
Arlindo Chinaglia (PT-SP), com apoio do PT, do Pros, do PCdoB e de parte do PR
e do PSD; Chico Alencar (Psol-RJ), candidato oficial pelo Psol; Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), apoiado por PMDB, PTB, Democratas, Solidariedade e PSC; e Júlio
Delgado (PSB-MG), com apoio do PSB, do PSDB, do PV e do PPS. Os nomes para os
demais cargos devem ser definidos na reunião de líderes de domingo. O prazo
final para o registro das candidaturas na SGM se encerra às 17 horas, e a
eleição da Mesa começa às 18 horas.
A primeira apuração é para
a Presidência; assim que o nome do eleito é conhecido, ele assume os trabalhos.
A votação só começa quando pelo menos 257 parlamentares registrarem presença no
Plenário. Para ser eleito no primeiro turno, o candidato deve receber a maioria
absoluta dos votos, incluídos os votos brancos e excluídos os nulos.
Caso haja segundo turno,
realiza-se novo processo de escolha. Nesse caso, não é necessária maioria
qualificada. Quem obtiver a maior parte dos votos dos presentes vence. Em caso
de empate, será eleito o candidato mais idoso, dentre os de maior número de
legislaturas.
Somente quando essa etapa é decidida, passa-se à apuração dos votos para os demais cargos da Mesa.
Nova composição
Após a terceira alteração
do resultado das eleições de 2014, conforme decisão do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), o PT continua com a maior bancada da Casa, mesmo tendo eleito
19 deputados a menos do que no pleito anterior. Serão 69 deputados em 2015
contra os 88 na legislatura passada.
O segundo maior partido
será o PMDB, que elegeu seis deputados a menos e terá 65 representantes;
seguido do PSDB, com 54 parlamentares – dez a mais do que tinha. Dos três
grandes partidos com mais de 50 deputados, apenas o PSDB cresceu.
O número de partidos com
representação na casa também aumentou, passando de 22 para 28. Seis partidos
(PHS, PTN, PTC, PSDC, PRTB e PSL) que não tinham representação na Câmara
passarão a ter neste ano.
Já os recém-criados PSD,
Pros e SD tiveram as bancadas reduzidas após a eleição. O PSD, criado em 2011
pelo atual ministro das Cidades, Gilberto Kassab, teve a bancada reduzida de 45
para 37 deputados. O Pros, criado em 2013 e partido do atual ministro da Educação,
Cid Gomes, perdeu 9 deputados e terá 11 na atual legislatura. O SD também
perdeu representatividade ao eleger apenas 15 deputados, 7 a menos do que
tinha.
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