Ao invés de consertar rombo nas contas públicas, Governo prefere mudar o conceito de “buraco”


Vladimir Chaves

O Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, anunciou  que diante do déficit histórico de R$ 20 Bilhões nas contas públicas no mês de setembro desde 1996, o Governo Federal decidiu alterar a meta fiscal para 2014. O aumento dos gastos com despesas do Governo Federal contribuíram razoavelmente para o resultado, ao lado do fraco desempenho da economia e da baixa arrecadação para o período.

Enquanto Estados pouparam R$ 6,1 bilhões no período, o Governo Federal, que concentra a maior parte da arrecadação de tributos,  gastou R$ 19,5 bilhões a mais do que arrecadou. O aumento vertiginoso nas despesas correntes do Governo Federal coincidem com o último mês do primeiro turno das eleições gerais, período em que a presidente compareceu pouquíssimas vezes ao trabalho pois dedicava-se quase que exclusivamente à própria reeleição, já representa um absurdo contábil e uma clara demonstração de desrespeito com o povo brasileiro. 

Acabada a eleição o que surpreende é a solução descarada, quase irônica da equipe econômica, de mudar o orçamento flexibilizando a meta fiscal ao invés de combater os erros que conduziram ao resultado negativo recorde em 18 anos

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