Na primeira reunião das
forças de oposição após as eleições presidenciais deste ano, promovida pelo
PSDB nesta quarta-feira (5), representantes de partidos que integraram a
Coligação Muda Brasil e outros líderes políticos que apoiaram a candidatura do
senador Aécio Neves no segundo turno ressaltaram o fortalecimento garantido
pelas urnas ao movimento em favor de mudanças.
Sob o comando do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, que obteve 51 milhões de votos no segundo turno da disputa presidencial, o evento realizado no auditório Nereu Ramos na Câmara dos Deputados ficou lotado. Aécio fez questão de dividir a cena com seus aliados de oposição, dando a palavra a pelo menos um representante de cada um dos partidos presentes.
O líder do Democratas na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE), disse que “a oposição deve intensificar sua mobilização”, seguindo o recado dado pelas urnas. Para o democrata, a somatória entre uma atuação forte da oposição no Congresso – como exemplo, ele citou a derrubada do decreto 8.243 que regulamentava a criação de conselhos populares proposto pela presidente Dilma – e a participação efetiva de líderes oposicionistas nas manifestações populares é a chave para que o ambiente de forte politização seja mantido.
Para o líder do DEM, “2018
começa agora”. E acrescentou: “É consenso que Aécio saiu das eleições maior do
que entrou. Ele empenhou bandeiras muito boas”, disse.
Já a senadora Ana Amélia
(PP-RS), que disputou o governo do Rio Grande do Sul e apoiou desde o primeiro
turno a candidatura de Aécio, presidente do PSDB é um político que reúne
características de líder e de estadista.
“Aécio é um jovem que
conquistou 51 milhões de brasileiros. Ele faz política com o coração e com a
razão, o que mostra que ele consegue ser, ao mesmo tempo, um líder e um
estadista. Ele carrega a emoção de todos os que estão ao seu lado”, declarou.
Apoio
O presidente nacional do
Solidariedade, o deputado federal Paulo Pereira da Silva (SP), lembrou um
episódio da campanha presidencial que, segundo ele, retrata a diferença que há
entre o apoio popular autêntico recebido pelas candidaturas de Aécio Neves e da
petista Dilma Rousseff.
“Nosso primeiro ato de
campanha foi em uma fábrica na cidade de São Paulo. Lá, o Aécio foi carregado
nos braços pelos trabalhadores, tamanha a aceitação às suas propostas. No
começo da campanha nós tínhamos que correr atrás dos trabalhadores; depois,
eles que nos procuravam para saber o que tínhamos a dizer. O PT, por sua vez,
fez discursos esvaziados nas portas de fábricas, já que as pessoas não queriam
ouvir os líderes deles”, disse.
Segundo Paulinho, Aécio
trouxe de volta esperança aos brasileiros. O deputado acrescentou que, entre os
objetivos das oposições, está o de cobrar que Dilma Rousseff cumpra suas
promessas de campanha: “Vamos ver se ela consegue fazer a economia crescer e se
apresenta uma proposta concreta para o fator previdenciário”.
Momento histórico
O vice-governador eleito
de Pernambuco, Raul Henry (PMDB), elogiou a postura de Aécio Neves durante a
campanha presidencial e destacou que o tucano defendeu o legado do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que governou o Brasil entre 1995 e
2002 e foi o responsável pela criação de bases que ajudaram na modernização do
país.
“Nós temos o privilégio de
termos você para liderar um grupo de pessoas que quer mudança no país”,
declarou.
Na avaliação do presidente
nacional do PPS, o deputado federal Roberto Freire (SP), a união das oposições
que se vê atualmente no Brasil é um momento histórico.
“Nós demos voz à
indignação das ruas. Somos uma oposição democrática que surge de uma eleição
renhida, e que emerge com força e com perspectivas históricas duradouras. Vamos
derrotar o PT na luta democrática”, disse.
A defesa da democracia
também foi apontada como prioridade pelo candidato do PSC à Presidência da
República, Pastor Everaldo, identificado por Aécio Neves como “alguém que
sensibilizou e que falou a todo o Brasil sobre a necessidade de mudança”.
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