Dos dez senadores
indicados, até agora, pela base governista para a CPI da Petrobras no Senado,
cinco têm pendências no Supremo Tribunal Federal (STF). São alvos de
investigações ou ações penais, segundo levantamento do Congresso em Foco. Os
nomes dos parlamentares que poderão integrar a comissão, com o objetivo de apurar
supostas irregularidades na estatal, foram anunciados na terça-feira (6). Ainda
não foram indicados membros da oposição e nem da CPI mista, discutida.
Principal aliado do
Planalto, o PMDB indicou o senador Vital do Rêgo (PB) para presidir a CPI. Presidente
da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele responde ao inquérito 3506 por
suspeita de crimes eleitorais.
Valdir Raupp (PMDB-RO),
Acir Gurgacz (PDT-RO), Gim Argello (PTB-DF), Ciro Nogueira (PP-PI), João
Alberto de Souza (PMDB-MA), José Pimentel (PT-CE), Aníbal Diniz (PT-AC),
Humberto Costa (PT-PE) e Antonio Carlos Rodrigues (PR-CE) também foram
indicados como membros titulares da CPI, ainda não instalada.
Raupp responde a quatro ações penais (358, 383, 554 e 577) por peculato, crimes contra o sistema financeiro nacional e crimes eleitorais. No inquérito 2442, é investigado por supostos crimes contra a administração em geral.
Gurgacz é alvo dos
inquéritos 3689 e 3348, instaurados para apurar a ocorrência de crimes de
responsabilidade e previstos na lei de licitações.
Recentemente indicado para
o Tribunal de Contas da União (TCU), Gim Argello desistiu da candidatura ao
posto de ministro porque foi pressionado por servidores e até pela presidência
do órgão, que defenderam que o ocupante do cargo precisa ter reputação ilibada
e idoneidade moral. O petebista, além de já ter sido condenado em primeira e
segunda instâncias pela Justiça do Distrito Federal, responde a seis inquéritos
(3059, 3570, 3592, 2724, 3723 e 3746) no STF por crimes como apropriação
indébita, lavagem de dinheiro, peculato, corrupção passiva e ativa e crimes
eleitorais e da lei de licitações.
No STF, há ainda uma
investigação em andamento contra Ciro Nogueira para apuração de crimes de
formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. O Congresso
em Foco contatou as assessorias dos cinco parlamentares que têm pendências no
Supremo. Apenas a assessoria de Valdir Raupp retornou. Disse que ele não
comenta pendências judiciais. O site ainda aguarda os esclarecimentos dos
outros senadores.
Fonte: Congresso em Foco
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