Líderes da oposição na
Câmara e no Senado se reúnem nesta terça-feira (25) para articular a estratégia
de criação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) para investigar a
compra pela Petrobras da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, em 2006. O
negócio custou à estatal 1,18 bilhão de dólares, quase 30 vezes o valor pago
pela empresa belga Astra para adquirir a mesma refinaria, um ano antes.
A oposição denuncia superfaturamento na operação feita pela Petrobras e quer apurar as razões do prejuízo. Em nota à imprensa, a presidente Dilma Rousseff, que à época do negócio presidia o conselho de administração da estatal, reconheceu que a transação foi autorizada mediante parecer “técnica e juridicamente falha”.
Projeto de resolução
O líder da Minoria na
Câmara, deputado Domingos Sávio (PSDB-MG), pretende apresentar um projeto de
resolução para a criação da CPI nessa Casa legislativa. Segundo ele, os
partidos de oposição se organizam para conseguir o apoio de parlamentares da
base governista.
"Queremos que não
seja uma CPI política ou da oposição, mas, sim, uma CPI de interesse do povo
para esclarecer um assunto que envolve a maior empresa pública brasileira”,
disse. “Nossa proposta, embora apresentada pela oposição, é para ser abraçada
por todos”, completou Domingos Sávio.
São necessárias 171
assinaturas de deputados para o projeto de resolução que cria a CPI. Depois
disso, a proposta deve ser votada pelo Plenário da Câmara. Outra iniciativa
também em andamento é a de criação de uma CPI mista, de deputados e senadores,
para investigar o mesmo assunto. Nesse caso, além dos 171 deputados, 27
senadores devem assinar o requerimento, que não precisa ser votado pelo
Plenário do Congresso.
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