“Se o PT tiver bons nomes para lançar como candidato, que
assim o faça. Se o PT tiver o nome seremos sensíveis à convergência.” O que o
ex-prefeito e principal adversário do PT de Campina Grande, Veneziano Vital do
Rêgo, tenta dizer com isso?
Em 2012, ele fez uso desses mesmos argumentos, estaria ele
dando um recado ao Partido dos Trabalhadores, de que, o que valeu em 2012 pode
si repetir em 2014? Estaria ele afirmando que só permitirá duas alternativas
ao PT; candidatura própria ou apoio ao seu nome? Estaria ele antecipando-se,
para mais uma vez nos tachar de traidores, caso sigamos um destino que não seja
o seu desejo?
Muito me preocupa essa cisma do cacique do PMDB, de achar
que o PT pode ser manipulado em prol do seu obcecado desejo de ser governador
da Paraíba. Preocupa-me a possibilidade de mais uma vez termos os processos democráticos
do PT judicializado.
Não menos grave é a sua tentativa de minimizar tudo que
aconteceu contra o PT de Campina Grande, reconhece que houve desgastes entre PT
e PMDB, mas que isso é menor. O que será que ele entende por menor? Seria a
traição que o PT sofreu nas eleições de 2008, quando acreditou que o PMDB cederia
à vaga de vice na chapa encabeçada pelo senhor Veneziano, mas que na undécima hora,
foi humilhado quando o próprio PMDB encabeçou o movimento entre as legendas
aliadas, para descartar o PT? Seria a imposição de ter o PT na chapa
proporcional, para desfrutar dos valiosos minutos que o partido tinha no guia
eleitoral, mas que nenhum esforço foi feito para que o PT conseguisse eleger pelo
menos um vereador?
O que o cidadão entende por menor, seria as ingerências politica
promovidas internamente no partido em 2012? Seria as suas deselegantes e
injustas acusações públicas contra nossas principais lideranças? Seria a
liberação, para que os seus “colaboradores” detonassem geral a imagem do
partido em Campina Grande? Seria a injustiça praticada contra 12 companheiros
que colocaram seus nomes a serviço do PT, mas que por força da judicialização
do processo eleitoral no PT, sequer puderam ter suas imagens no guia eleitoral
do partido? Enfim, o que é menor para o cidadão Veneziano Vital do Rêgo?
Outra tese levantada pelo ilustre cacique do PMDB é a de que
o PT participou do seu governo e que teve espaços generosos. Isso é outra meia
verdade constantemente repetida por ele, na verdade o PT de Campina Grande,
nunca fez parte do projeto de governo de Veneziano, nunca apitou em nada, nunca
foi chamado pra nada. Os cargos de destaques (secretarias) a que ele faz referência,
na verdade foram ocupados por pseudos petistas, pessoas da sua mais estrita confiança
e nenhum deles foi indicação do PT, faziam parte da sua cota pessoal.
Quanto ao compromisso com a eleição da companheira Dilma, a
tese segue a mesma linha, ou seja, meias verdades. Como explicar a votação de
Dilma em Campina Grande, já que ela contava com o suposto apoio do prefeito.
Como explicar que ela tenha ficado em terceiro lugar na cidade, quem em sã consciência
e com a mínima compreensão politica pode acreditar que houve empenho dos
governistas na campanha de Dilma em 2012?
Toda a cidade sabe que a maioria dos vereadores do PMDB e os
partidos aliados do prefeito, bem como a maioria do seu secretariado votaram e
fizeram campanha para Marina Silva, não foi à toa que Marina Silva conseguiu
ser a segunda colocada em Campina Grande, ficando atrás apenas de José Serra,
candidato apoiado por Cássio Cunha Lima.
Sendo assim, não basta minimizar o que foi praticado contra o PT de Campina Grande, não basta subestimar nosso poder de mobilização, não basta tentar costurar o apoio do PT de cima pra baixo, tome como exemplo as eleições municipais de 2012.
Enfim, para se redimir com um gesto de grandeza, deveria começar chamando de volta os infiltrados. Afinal no caso do PT de Campina Grande, a tática
do Cavalo de Troia foi nociva para gregos e troianos.
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